Adeus à dama do bom humor

CORPO DE EVA TODOR É CREMADO NO RIO; ATRIZ MORREU AOS 98 ANOS

A teledramaturgia brasileira perdeu mais um de seus maiores nomes. A atriz Eva Todor morreu na manhã de ontem, aos 98 anos, em decorrência de uma pneumonia. Ela vivia reclusa em sua casa nos últimos anos e sofria com o mal de Parkinson.

O corpo da atriz foi cremado hoje de tarde, no Memorial do Carmo. Antes, o velório aconteceu no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que reuniu diversos famosos que conviveram de perto com Eva, entre elas as atrizes Theresa Amayo e Nathália Timberg.

SAUDADES!

Nascida Eva Fodor Nolding, em Budapeste na Hungria, ela imigrou para o Brasil ainda criança, com 8 anos. E ainda na adolescência, iniciou sua carreira artística que durou longevos 80 anos.

Nos anos 30, a partir do convite de Mário Nunes, crítico do Jornal do Brasil, para atuar numa peça com Dulcina de Moraes. Nessa mesma época, foi convencida a adotar o sobrenome Todor, para evitar a cacofonia. Com o passar dos anos e a carreira bem sucedida, foi convidada pelo diretor Carlos Manga, para filmar o longa-metragem "Os Dois Ladrões". Daí partiu para suas primeiras novelas, como "E Nós, Aonde Vamos?", de Glória Magadan, na TV Tupi.

Pouco depois mudou-se para a Globo, onde efetivou sucesso ainda maior. Protagonizou a novela "Locomotivas" (1977), como a eterna estilista Kiki Blanche. Sempre atuando com o "gênero Eva", humor grã-fino que virou marca registrada.

Fez outras diversas novelas seguintes, como "Coração Alado", "O Outro", "Top Model" e "Suave Veneno", vindo a fazer mais sucesso como Josefa em "O Cravo e a Rosa", de 2000.

Depois disso, fez pontas em séries do canal e novelas só de Glória Perez: "América", "Caminho das Índias" e sua última novela na carreira, "Salve Jorge", onde interpretou Dália.